terça-feira, 2 de abril de 2019

"é hora da gente se juntar" : Oficina Práticas de Ajuntamento 05 de abril as 9h na Associação Dança Cariri

"é hora da gente se juntar"

05 de abril (sexta-feira) as 9h na Associação Dança Cariri tem Oficina "Práticas de Ajuntamento" ministrada pela bailarina Mariana Pimentel.
“Práticas de ajuntamento” é uma oficina que investiga ferramentas de criação coletiva pautadas nas políticas de relação e convivência. Consiste na experimentação de um mapeamento de propostas de trabalho coletadas ao longo da prática artística  de Mariana que tem como base o corpo coletivo e a experiência compartilhada entre os participantes, fazendo emergir a partir da performatividade seus modos de viver em sociedade. "
O laboratório reúne práticas que vivenciei com coreógrafos diversos e tem como métodos centrais a Composição em Tempo Real desenvolvida pelo coreógrafo português João Fiadeiro e o Modo Operativo AND, desenvolvida pela artista e antropóloga brasileira Fernanda Eugenio, os quais pesquiso, aplico e vivencio há 9 anos".
"Esta proposta é também parte da investigação que estou iniciando relacionada às sistematizações metodológicas já realizadas por artistas e professores de dança através de livros, manuais, vídeos-aula - entre outros suportes – que chegaram até a mim neste momento, na qual me debruço sobre a possibilidade de fazer aula e dançar com coreógrafos de todo o  mundo sem precisar sair da minha cidade, evidenciando também questões sobre transmissão, acervo e memória. Esta investigação está também relacionada com o fato de que eu trabalho com frequência em solos, o que me traz questões: Como então posso desenvolver uma grupalidade de outras formas? Como um solo pode ser criado a partir de um coletivo, contradizendo o fluxo das companhias de dança nas quais uma só pessoa dirige um grupo? Estas e outras questões serão colocadas em jogo ao longo deste percurso.
As aulas são divididas em exercícios de atenção, percepção e disponibilização do corpo e na experimentação dos métodos centrais, sendo importante que cada participante chegue um pouco antes do horário, se possível, para fazer seu próprio aquecimento e alongamento (também após a aula). Importante ressaltar que é um laboratório de experimentação: estamos todos em trabalho e aprendizado, inclusive a proponente. A relação é horizontalizada e coletiva.
A contemporaneidade nos apresenta a cada dia complexos desafios no que diz respeito à vida em comunidade. Das ações cotidianas mais simples como entrar e sair de um ônibus a dividir uma equipe de trabalho, a alteridade parece ser um conceito cada vez mais distante das relações interpessoais. A internet e as redes sociais aceleram o tempo e provocam o apagamento constante do corpo, fazendo emergir diversas questões relacionadas à fragmentação de identidades e da presença.
Sendo assim, a oficina “Práticas de ajuntamento” investiga ferramentas compartilhadas pautadas nas políticas de relação e convivência com base na improvisação e composição em dança. Consiste na experimentação de um mapeamento de propostas de trabalho coletadas por mim ao longo da minha prática artística na dança que tem como base o corpo coletivo e a troca de experiências entre os participantes, fazendo emergir a partir da performatividade seus modos de viver em sociedade. “Como viver juntos?”, pergunta já feita por Roland Barthes, é a pergunta central corporificada por esta oficina. Estas e outras questões serão colocadas em jogo ao longo deste percurso."





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